Vamos ajudar ?!

28/01/2010 12:20

 

 

        A cada ano, em períodos de chuvas mais intensas, repetem-se pelo Brasil as cenas de tragédias provocadas por enchentes e deslizamentos de terra. Esses desastres periódicos são, muitas vezes, indevidamente atribuídos apenas à intensidade dos fenômenos naturais.

 

        A ineficiência do sistema de defesa civil, não se resume à incapacidade de resposta imediata. Ela é percebida especialmente no trabalho de prevenção quase inexistente. A falta de prevenção é generalizada e o ente público está sistematicamente ausente.

        As lições aprendidas com as falhas na prevenção quase nunca são incorporadas

         
Há uma estreita relação entre desigualdade social e exposição ao risco. Os fenômenos naturais, ainda que extremos, não são desastres, Entendemos por desastre uma combinação da ameaça natural com a alta vulnerabilidade. É o que temos visto no caso dos terremotos no Haiti. O país tem grande vulnerabilidade econômica, social e institucional dos mais diversos matizes.

 

        Os estudos constataram que o processo de vulnerabilidade está relacionado à indiferença social em relação ao direito de territorialização das populações empobrecidas. É essa indiferença e o descomprometimento dos órgãos de defesa civil que tornam essas pessoas vítimas fáceis dos impactos dos desastres naturais. 

        Embora a vulnerabilidade tenha um componente inequívoco ligado à pobreza, a parte mais rica da população também é afetada por desastres. Todos são atingidos. Mas quem tem mais poder aquisitivo dispõe também de mais facilidade para suplantar essas adversidades, reconstruir o que foi destruído e garantir a prevenção para que o desastre não se repita.

 

        Nos municípios de Três Rios e Paraíba do Sul o resultado das ultimas chuvas e a combinação de falta de investimento na manutenção das ruas e bueiros com irresponsabilidade social e falta de conscientização do povo ocasionou situações alarmantes.

        Infelizmente o povo nessas épocas sempre joga a culpa pra cima das autoridades, mais a culpa é uma mistura de muita falta de zelo e compreensão do povo das cidades afetadas.

        Agora só nos resta esperar que a época das chuvas se vá e lógico pensar em atitudes imediatas para amenizar a dor e as perdas das famílias, sem esquecer das atitudes que deverão ser tomadas para que quando atingirmos novamente a época das chuvas a população não se depare com os mesmos problemas.

 

        Faço um apelo para as autoridades das cidades afetadas com os problemas das enchentes que não só pense em possibilidades de melhoria e soluções para os problemas como os que temos visto nas ultimam semanas mais sim que não deixem de tomar as atitudes cabíveis rapidamente para que nos possamos considerar esses problemas extinguidos das nossas cidades.

 

        Espero não só que os problemas das enchentes mais também os da falta de cuidado com o povo mais carente, falta de organização urbana, falta de investimento em cultura e também ao estimulo a educação etc. Sejam visto com mais carinho por quem tem o poder de mudar as coisas, e também não pedir só aos políticos e responsáveis pela parte administrativa da nossa cidade não pedir a cada um que esta lendo que faça sua parte tendo cuidado com nossa cidade não maltratando a natureza e tendo consciência que cada um tem de fazer a sua parte pra que tudo mude e assim possamos viver em paz e com mais dignidade.

 

 

        Raphael Fonseca.